Por Redação com G1 MG | 7 de dezembro de 2020 às 16:45
Flaviano Carvalho, representante da Localima, empresa proprietária do ônibus que caiu de um viaduto na BR-381, em João Monlevade, prestou depoimento à Polícia Civil da cidade, na tarde desta segunda-feira (7).
Flaviano afirmou que o motorista era temporário e que essas contratações passaram a ser feitas por causa da pandemia, já que os veículos ficaram parados a maior parte do ano.
“O motorista prestava serviço temporário. Não sabemos o que aconteceu, mas acreditamos em imprudência do motorista”.
O ônibus, que saiu de um povoado na zona rural de Mata Grande (AL) na manhã de quinta-feira (3), e seguia para São Paulo (SP), pertence à empresa, que afirma ter todos os documentos comprovando que o veículo está regular.
Na sexta-feira (4), dia em que o acidente aconteceu, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmou que a empresa tem autorização para circular, mas o ônibus que se envolveu no acidente, não estava regular.
“A empresa está cadastrada na ANTT e tem um Termo de Autorização para prestação de serviço regular concedido pela Justiça, por liminar. No entanto, o veículo em questão não estava habilitado para prestar o serviço de transporte de passageiros”, disse o órgão.
O representante da Localima afirmou que, apesar de serem donos do veículo, não são os responsáveis pela viagem e que estão prestando toda ajuda às famílias.
“Temos um contrato com a JS Turismo, desde o ano passado. Nós alugamos os veículos para que eles façam as viagens. Estamos em Belo Horizonte desde sábado ajudando na identificação dos corpos. Não nos omitimos”.
Segundo ele, o contrato de locação termina no próximo ano e, até lá, a empresa JS tem “o poder e o direito” de fazer essa rota de Alagoas à São Paulo.
“Quem imprime as passagens é a JS e a responsável é ela que, até o momento, se omitiu de prestar qualquer ajuda às famílias”.
O G1 tentou contato com a JS Turismo, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria.