Após revisão, número de empregos criados em 2020 cai pela metade

Por Redação com R7 | 3 de novembro de 2021 às 10:00

Foto: Reprodução TV Brasil

O número de vagas de trabalho com carteira assinada criadas em 2020 foi 46,82% inferior ao anunciado em janeiro, com muita comemoração, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e toda a equipe econômica.

A atualização, fruto das revisões apresentadas pelo Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), derruba de 142.690 para 75.883 o saldo de vagas formais abertas ao longo dos 12 meses do ano passado.

A diferença é resultado de um número 2,2% maior de demissões (de 15,023 milhões para 15,361 milhões) e apenas 1,8% superior de admissões (de 15.023.531 para 15.361.234) após a inclusão das revisões nos cálculos oficiais.

“A grande notícia para nós é que, em um ano terrível em que o PIB caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos”, comemorou Paulo Guedes ao divulgar os dados do Caged, no dia 28 de janeiro. Ele atribuiu o resultado positivo ao BEm (Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda), criado para limitar as demissões durante a pandemia do novo coronavírus.

A maior discrepância registrada entre os dados divulgados e atualizados, de 177,2%, foi apurada no mês de junho. No período, foi comunicado que o Brasil havia cortado 10.984 postos formais de trabalho, mas, na verdade, a perda foi ainda maior, de 30.448 vagas.

Algumas das revisões também resultaram em volumes mais significativos de contratações, como o ocorrido em janeiro e fevereiro, os dois últimos meses sem o impacto da pandemia do novo coronavírus na economia. Os novos resultados são, respectivamente, 76,4% (de 66.818 para 117.893 postos formais) e 19,5% (de 188.869 para 225.648 vagas) maiores do que os inicialmente anunciados.

Em nota enviada ao R7, o Ministério do Trabalho e Previdência, pasta agora responsável pela divulgação dos dados do Caged, afirma que as diferenças levam em conta as declarações feitas pelas empresas fora do prazo. O processo pode reduzir ainda mais o saldo final de empregos criados no ano passado.

“Os dados do painel consideram as declarações feitas fora do prazo. Elas são incorporadas às estatísticas até 12 meses após a movimentação acontecer. Assim, até dezembro de 2021 podem ser incorporados dados que vão impactar o saldo de 2020”, destaca o comunicado.

Deixe aqui seu Comentário

Radar notícias © 2014 - 2024 Todos os direitos reservados.