Caso Grazy Junqueiro: acusados de matar mulher trans são condenados em júri popular

Por | 3 de maio de 2024 às 12:18

O Tribunal do Júri da Comarca de Santana do Ipanema realizou no último dia 25 de abril o júri popular do caso Grazy Junqueiro, mulher trans que foi assassinada no mês de julho do ano de 2023 no Médio Sertão de Alagoas.

Kayque Silva dos Santos foi condenado a 27 anos de regime fechado e Genilson de Melo Viana a 20 anos em regime fechado.

Confira alguns trechos da sentença:

O Juízo de Direito da Juizado Especial Cível e Criminal e de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Santana do Ipanema proferiu sentença condenatória contra os réus envolvidos em um caso de roubo qualificado e homicídio. Segundo o documento, os réus agiram de forma extremamente violenta, resultando em lesões graves na vítima, que sofreu múltiplos golpes na cabeça. O juiz considerou diversas circunstâncias, como a gravidade do crime, a falta de antecedentes criminais de um dos réus e a menoridade penal relativa do outro.

Após examinar as circunstâncias do caso, o juiz fixou a pena base para cada réu em 20 anos de reclusão e 118 dias-multa, com base no artigo 68 do Código Penal. No entanto, considerando a reincidência de um dos réus, a pena foi aumentada para 27 anos, 8 meses e 15 dias de reclusão, além de 164 dias-multa.

A sentença determina a manutenção da prisão preventiva dos réus, destacando a gravidade dos atos cometidos e a necessidade de proteção da ordem pública. Também foram estabelecidas medidas como a comunicação à Justiça Eleitoral e a expedição de guia definitiva de execução. Após o trânsito em julgado, os réus serão encaminhados à execução penal.

O caso:

Grazyele, conhecida como Grazy, tinha 38 anos e era funcionária de um posto de saúde que fica em Lajeiro Grande, em Santana do Ipanema.

Grazy foi encontrada por colegas de trabalho caída no chão de casa desacordada na segunda (3). Segundo a Polícia Militar, a vítima apresentava várias lesões no rosto.

Na época do crime um jovem de 20 anos confessou que agrediu Grazy por causa de uma dívida de R$ 900. Segundo a polícia, ele mantinha relações sexuais com a vítima. O seu comparsa foi preso e disse à polícia que que recebeu R$ 100 para participar das agressões.

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