Por Emerson Emídio - Jornalista - MTE 2033/ SE | 7 de maio de 2020 às 6:00
O quarto episódio da Série de reportagens sobre os desafios da 10ª região de Saúde em meio à pandemia da Covid-19, aborda os casos de urgência, o atendimento nas unidades e a qualidade nos serviços prestados.
Compreendida nos municípios de Delmiro Gouveia, Pariconha, Piranhas, Água Branca, Inhapi, Olho D’Água do Casado e Mata Grande. Juntas, elas abrigam 160.758 habitantes. Os dados são do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
Entre os municípios, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), sediada em Delmiro Gouveia, é o único local que consegue, de maneira limitada, concentrar os casos de baixa, média e alta complexidade.
A falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um fator que dificulta a qualidade, em termos de recebimento, atendimento e resolutividade dos casos.
Outro problema agravante na pandemia é, nas questões de Atenção Básica, onde a maioria dos municípios não dispõem de testes rápidos para o diagnóstico da doença.
Um exemplo disso, foi um idoso da cidade de Inhapi que, ao chegar na UPA de Delmiro com sintomas, testou positivo. E com essa falta de isolamento social nas cidades da 10ª região de Saúde, os casos tendem a subir nos próximos dias.
Carência de unidades na região
Com um pico de casos da Covid-19, os sete municípios não comportam de uma rede preparada para lidar com à pandemia. A falta de um hospital regional equipado e com capacidade maior do que a disponível pelo Antenor Serpa, dificulta as ações de enfrentamento da doença.
E nesta relação, os municípios também sofre com a carência da demanda de médicos, uma vez que esses profissionais são fundamentais para o momento.
Em alguns dos municípios, a carência de Atenção Básica é evidente, com a falta de insumos e equipamentos de proteção individual para os profissionais da Saúde.
Omissão e à falta de união para melhoria da Saúde
Um outro ponto a ser explorado nesta discussão é a passividade dos municípios da 10ª região, quando o assunto é cobrar do governo do estado, medidas de curto, médio e longo prazo, para melhoria da qualidade da saúde dos sertanejos.
Uma das possíveis soluções seria a criação de um Conselho Regional de Saúde, com os sete municípios, onde o órgão cobrasse com veemência, respostas para que à população sertaneja fosse amplamente assistida nas áreas da Atenção Básica, de baixa, média e alta complexidade.
Se essa medida já tivesse sido adotada, a realidade da 10ª região, sem sombra de dúvidas, seria outra. Porém, ainda é tempo para começar a se construir uma nova realidade na área de Saúde, em relação aos atendimentos, casos de urgência e na qualidade dos serviços prestados.
Na última reportagem da série, vamos abordar sobre os impactos, futuro e o exemplo que esta pandemia deixa nas questões de Saúde para os sertanejos.