Por Emerson Emídio - Jornalista MTE 2033/SE | 16 de novembro de 2019 às 10:00
O mês de novembro também é marcado pela sensibilização para a prematuridade. A cor roxa simboliza a importância do tema. O 17 de novembro foi escolhido como o dia de mobilização e conscientização. Ela ocorre quando um bebê nasce antes de 37 semanas de gestação.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 300 mil bebês nascem de forma prematura todos os anos no Brasil. A pediatra e neonatologista, Adriana Caminha Barros, é médica da rede municipal de Saúde. Ela explica a importância do acompanhamento.
“O Ministério da Saúde orienta que sejam feitas no mínimo seis consultas de pré-natal. O ideal é que as gestantes se consultem mensalmente e que façam todos os exames. Também é importante seguir as recomendações do médico e do enfermeiro que está acompanhando”, afirma.
A médica explica que existem variados graus de prematuridade. “Nós temos diversos graus de prematuridade, divididos em limites, extremos, tudo depende da quantidade de semanas que o bebê nasceu.
A rede municipal de Saúde disponibiliza em todas as unidades de atendimento à família, acompanhamento para gestantes. “Na primeira consulta, elas são cadastradas, onde são solicitados exames. Através deles, vamos traçar a saúde da mulher e se o bebê vai ser afetado”, acrescenta.
Adriana ressalta que a depender da doença que uma grávida obtenha, o feto pode ser severamente agredido. “Rubéola, Sífilis, toxoplasmose, entre outras, podem agredir severamente o bebê, causar até uma morte intra-útero, ou o nascimento com problemas muito graves. Por isso a importância do acompanhamento desde o início da gestação”, aborda.
Ainda sobre o acompanhamento, a pediatra diz que é possível identificar que a criança tem algum problema, ainda dentro do útero. “Existe a possibilidade dessas doenças que não podem ser evitadas, a exemplo de má formação no coração, nos rins e se elas são identificadas a tempo, as gestantes têm a possibilidade de cuidar da situação”, enfatiza.
A neonatologista explica que se o bebê nascer com prematuridade, a depender do caso, ele pode sofrer algumas sequelas. “Vale ressaltar que a prematuridade é uma causa de mortalidade neonatal. E nascendo um bebê prematuro pode ser acometido de vários problemas. A criança que permanece na UTI por muito tempo com assistência respiratória, ele pode apresentar displasia pulmonar e fica dependente de oxigênio para o resto da vida, tem infecções com muita facilidade, inclusive do sistema nervoso central. Tem maior facilidade de apresentar a retinopatia da prematuridade, que são doenças nos vasos da retina, entre outros”, diz.
A médica reforça a importância do acompanhamento na rede de Saúde, para que o problema possa ser evitado ou diagnosticado a tempo. “A gente espera que a população utilize o que o serviço disponibiliza, ou seja, consultas e exames de pré-natal, ultrassonografia, assistência especializada com obstetras e que procurem à unidade de Saúde, local que dispõe de profissionais capacitados para atender as gestantes”, finaliza.