Por Redação | 27 de janeiro de 2021 às 12:00
Após a repercussão de um vídeo em que uma bebê de apenas 10 meses aparece amarrada por um corda, o Ministério Público Estadual (MPE) se pronunciou sobre o caso e informou, na tarde desta terça-feira, 26, que irá solicitar a Polícia Civil de Alagoas a abertura do inquérito para investigar o crime de maus-tratos cometido pela mãe da menor.
No vídeo, que circula nas redes sociais desde o fim de semana, a criança está com mãos, pernas e pés amarrados por uma corda, de cor azul, enquanto uma mulher fala ao fundo. “Tá vendo ratazana. Quem mandou você reinar? Olha agora?. Vá agora reinar”, diz a mulher aos risos.
O vídeo – que chocou os alagoanos – foi entregue as autoridades pela avó paterna da menina. O Conselho Tutelar foi acionado e retirou a menina da mãe. A bebê está agora sob os cuidados da avó paterna na cidade de Craíbas. Com não houve flagrante, a mulher não foi presa.
De acordo com o promotor de justiça, Sérgio Ricardo, além da polícia judiciária, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) também será acionado e a depender do relatório do órgão, a mãe poderá perder a guarda da filha.
“Sobre o caso da mãe de uma criança de 10 meses que a amarrou, o Conselho Tutelar já foi acionado, conversamos com o conselho, que trouxe aqui o relatório. A criança hoje encontra-se com a avó paterna na cidade de Craíbas. A mãe não está mais com esta criança. Nós estamos acionando a polícia para as investigações relativas ao crime de maus-tratos e estamos também acionando o Creas para que faça o relatório social acerca da questão. Dependendo do relatório do Creas, o Ministério Publico poderá ingressar com a medida de destituição do poder familiar desta genitora. O MP está acompanhando a questão e vai fazer valer todos os ditames do Estatuto da Criança e do Adolescente”, informou o promotor.
Segundo o Conselho Tutelar de Girau do Ponciano, a mulher teria gravado o vídeo como uma forma de chamar a atenção do pai da criança, de quem está separada há meses e tenta reconciliação. Hoje, o pai da menina vive em São Paulo.