Mudança de postura de Bolsonaro após 100 mil mortes seria oportunismo, dizem aliados

Por Redação | 10 de agosto de 2020 às 17:00

Foto: Alan Santos /PR

Aliados de Jair Bolsonaro (sem partido) criticam sua postura em relação ao combate à Covid-19, mas afirmam que seria um “oportunismo político” e não iria “colar” se ele mudasse agora que o país chegou à marca de mais de 100 mil vítimas da doença, diz o colunista Valdo Cruz, em seu blog no portal G1.

Apesar do alto número de mortes, o presidente da República não alterou sua avaliação sobre como a pandemia deve ser encarada.

Enquanto o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal decretaram luto oficial depois que o país atingiu as 100 mil mortes, Bolsonaro retuitou mensagens da Secretaria de Comunicação sobre as medidas adotadas pelo governo até agora.

“Ele não tinha como mudar de postura agora, mais de cinco meses indo numa direção, seria um oportunismo político e não iria colar”, disse ao blog um aliado que preferiu comentar o comportamento do presidente reservadamente.

Segundo outro interlocutor, que trabalha diretamente com o presidente, Bolsonaro irá até o fim do combate ao coronavírus na mesma linha. Ainda segundo Valo Cruz, o presidente continuará a considerar que, para ele, houve excesso da parte de governadores e prefeitos na política de isolamento social, mesmo sabendo das críticas a essa avaliação por especialistas.

Ao blog, o assessor de Bolsonaro disse que o presidente sabe que será criticado pela falta de empatia diante do drama de mais de 100 mil famílias, mas continuará reforçando todas as ações do governo para ajudar estados, municípios, o setor privado e os mais vulneráveis com o pagamento do auxílio emergencial.

Por outro lado, afirma valdo Cruz, a equipe presidencial tem pedido pelo menos que Bolsonaro evite novas declarações polêmicas sobre a atual crise sanitária, porque elas serão usadas como munição contra ele durante a campanha eleitoral de 2022.

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