Decisão judicial foi publicada na última quarta-feira, 21. Crime foi cometido em 2012 e teve grande repercussão na cidade e região.
Por Ítallo Timóteo | 26 de fevereiro de 2018 às 18:56
A justiça condenou Ivanilton Marques, vulgo ‘Nino’ a 22 anos de prisão por estupro de vulnerável, ocorrido no ano de 2012. ‘Nino’ chegou a ficar foragido na época do crime, mas foi preso no dia 20 de agosto do mesmo ano, na cidade de Lagoa Santa no Estado de Minas Gerais. Advogados entraram com habeas corpus e ele foi liberado e poderá recorrer a sentença em liberdade.
Na época o fato ganhou uma grande proporção na cidade de Pariconha e região, já que o autor era secretário de governo da Prefeitura de Pariconha.
A decisão judicial foi publicada na última quarta-feira, 21, mas o Radar 89 teve acesso nesta segunda-feira, 26. O processo judicial de número 0000544-16.2012.8.02.0202, foi julgado pelo Juiz Dr. Felipe Ferreira Munguba.
O caso:
De acordo com a delação, “Nino” oferecia vagas de empregos em empresas privadas e públicas da região para jovens que ele próprio ficava encarregado de levar para a realização de exames admissionais que eram feitos em uma clínica de Maceió. Na capital, o candidato enganava e arrumava um jeito de ficar a só com suas vítimas em apartamentos que ele pedia emprestado a amigos. Lá, ele as dopava com remédios que afirmava ser para preparo do organismo antes da realização dos exames. As garotas tomavam o medicamento oferecido e adormeciam. Elas acordavam no outro dia sem saber o que aconteceu durante a noite e se sentido como se tivessem praticado sexo.
O caso foi descoberto depois que uma das vítimas não tomou os “comprimidos azuis” oferecidos por “Nino” que dizia ser Dimeticona. A garota de 19 anos foi avisada por telefone por outra jovem que já tinha passado pela mesma situação para não tomar o remédio naquele momento. Foi fingindo ingerir as pílulas que ela conseguiu ficar acordada e perceber quando “Nino” tentou entrar em seu quarto durante a madrugada. Ela ainda constatou a farsa dos exames ao perceber que estava sendo submetida a raios-X do tórax e perfil, o que não seria necessário para a vaga que assumiria. A jovem descobriu que todas as vítimas tinham feito o mesmo exame que também podia ser feito em clínicas próximas de suas cidades.