Por Redação - Radar Notícias | 7 de agosto de 2019 às 1:00
A sessão ordinária que marca a volta dos trabalhos legislativos na Câmara Municipal de Delmiro Gouveia (CMDG), prevista para ocorrer nesta quinta-feira (8), pode culminar no pedido de cassação de mandato do prefeito de Delmiro Gouveia, Padre Eraldo Cordeiro (PSD).
Na ordem do dia, consta o parecer final de uma das quatro comissões processantes que investigam supostas irregularidades na gestão do prefeito. A denúncia nº 002/2019, de autoria de Antônio Mário Cavalcante, aborda um contrato emergencial para contratação de empresa especializada em gerenciamento de contratos e teve à frente a seguinte comissão – Kinho: Presidente; Enoque: Relator; Henriqueta: Membro.
Com a conclusão, o parecer vai ser lido pelo relator e divulgado se, diante das investigações, os edis chegaram à conclusão pelo pedido da cassação dos direitos políticos do prefeito ou pela absolvição.
Se o parecer for favorável, a denúncia vai para votação e precisa de oito votos para que o prefeito Padre Eraldo seja cassado na primeira denúncia de supostas irregularidades na gestão dele.
Outras três denúncias populares tramitam na Casa Legislativa e os pareceres devem ser lidos nas próximas sessões que podem ser de caráter extraordinário ou ordinário.
Cenário incerto
Mesmo com a administração em mãos, o prefeito Padre Eraldo não conseguiu deslanchar e trazer, por exemplo, grandes obras ou até mesmo serviços essenciais à população. Fez várias trocas de secretários das pastas, mudou estratégias, mas sem um grande trunfo.
Desde o ano passado, várias especulações rondavam a terra do Pioneiro e davam conta de uma possível cassação do prefeito por atos de improbidade administrativa. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi um dos grandes cenários de embate na gestão.
O desgaste maior se deu em março deste ano, quando o procurador-geral do Ministério Público Estadual (MPE), Alfredo Gaspar de Mendonça Neto veio ao município com mandado de busca e apreensão de documentos na sede da Prefeitura e algumas Secretarias.
De acordo com Alfredo, a suspeita de irregularidades com o erário público ultrapassa a casa de R$ 20 milhões. O MPE também já concluiu as investigações e deve se pronunciar sobre as denúncias nos próximos dias.