Por Redação | 5 de dezembro de 2020 às 22:00
O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), solicitou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a transferência dos corpos da vítimas que viajavam de ônibus com destino a São Paulo e caiu num viaduto da BR-381, na cidade de João Monlevade, no avião da Força Área Brasileira (FAB).
Ainda de acordo com o Chefe do Executivo Estadual, o presidente garantiu o translado, com voo saindo da capital Belo Horizonte, com destino a cidade de Paulo Afonso, na Bahia, local mais próximo de onde moraram às vítimas.
A Polícia Civil de Minas Gerais tenta encontrar o motorista do veículo que, segundo relato de testemunhas, evadiu-se do local após o ocorrido.
A polícia ainda afirmou que o veículo tinha outro condutor e que ele morreu no acidente. Dez pessoas continuam internadas no Hospital Margarida e três no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. Familiares de feridos em busca de informações podem procurar a Polícia Civil pelo telefone (31) 3851-2411.
Os médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) informaram que apenas três, dos 18 corpos, foram identificados e que serão liberados quando a identificação for finalizada. A polícia esclarece que que acionou mais servidores para o trabalho, mas que é uma parte mais difícil de ser feita por causa da quantidade de vítimas.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que o ônibus não tinha autorização. “A empresa está cadastrada na ANTT e tem um Termo de Autorização para prestação de serviço regular concedido pela Justiça, por liminar. No entanto, o veículo em questão não estava habilitado para prestar o serviço de transporte de passageiros”, disse o órgão.
O ônibus com placa “DTD-7253”, de Mata Grande (AL), já havia sido autuado três vezes, em 2019, por transporte irregular de passageiros.
A Prefeitura de Mata Grande (AL) disse que o ônibus saiu de Santa Cruz do Deserto, que fica na zona rural do município, e pegou passageiros por cidades vizinhas como Delmiro Gouveia e Água Branca. O ônibus passa pela Bahia, por Minas e chegaria até São Paulo. A cidade decretou luto oficial por três dias.
A Localima Turismo emitiu uma nota na qual expressa pesar e tristeza pelas vítimas e familiares e diz que deve prestar “total assistência” a eles. A empresa afirmou, ainda, que os fatos estão sendo apurados e que está à disposição para suporte “humano, digno, com compaixão e empatia”.
Cinco mortos ainda não haviam sido identificados até as 18h.