Mudança foi solicitada por promotor de justiça para evitar comprometimento do resultado do júri.
Por Cada Minuto/MinutoSertao | 23 de julho de 2015 às 1:50
O Tribunal de Justiça de Alagoas aprovou, por unanimidade, o pedido do promotor Cláudio Teles de desaforamento do julgamento de Eliton Alves Barros, acusado de participar do assassinato do ex-vereador Fernando Aldo, morto a tiros durante uma festa, em outubro de 2007, na cidade de Mata Grande.
A solicitação de mudança do julgamento da comarca de Mata Grande para Maceió, relatada pelo desembargador Sebastião Costa Filho, deve-se ao fato do acusado ser temido no município, podendo comprometer o resultado, caso o júri fosse realizado na referida cidade.
A família do ex-vereador de Delmiro Gouveia comemora o resultado, uma vez que, mesmo com as manobras jurídicas tentadas pelos advogados de defesa dos acusados, os membros da Justiça têm conduzido o caso com seriedade.
O caso
Fernando Aldo Gomes Brandão foi morto na madrugada do dia 01 de outubro de 2007, na cidade de Mata Grande, após participar de uma das maiores festas da região, o Mata Grande Fest.
Segundo o inquérito da Polícia Civil, Fernando Aldo deixou a família no camarote da festa e disse que ia até o carro para descansar um pouco. Ao chegar até o veículo, notou que um dos pneus estava vazio e quando abriu a porta do carro foi rendido pelo soldado Marlon, que efetuou nove disparos de pistola 9mm.
De acordo com a Polícia, o crime seria praticado no dia anterior, após a Missa do Vaqueiro, que aconteceu na cidade de Delmiro Gouveia, mas não foi consumado porque o vereador estava o tempo todo com o filho de seis anos no colo e os criminosos não teriam tido coragem de efetuar os disparos.
O ex-deputado estadual Cícero Ferro consta no processo como mandante do crime, mas continua solto. Ainda segundo a Polícia, o crime foi encomendado em setembro de 2007, pelo então deputado, em sua própria casa.
Eliton Alves Barros, conhecido como “Wellington”, Dílson Alves, o soldado Carlos Marlon Gomes Ribeiro e Eronildo Alves Barros, o “Nildo” foram apontados como os autores materiais.
Dílson Alves foi condenado a nove anos de prisão, depois de ser beneficiado pela delação premiada, ao revelar que teria recebido R$ 4 mil de Cícero Ferro. O soldado Marlon e Wellington continuam presos esperando o julgamento. Já Nildo morreu em um acidente automobilístico, em Recife – PE.