Contabilizando 100% de adesão na capital e com várias agências fechadas no interior de Alagoas, a greve dos bancários foi iniciada nesta terça-feira (6) e já recebeu apoio dos movimentos sociais. A partir de hoje, só caixas eletrônicos funcionam.

O Sindicato dos Bancários distribuiu diretores da entidade nos bancos, especialmente os privados, para assegurar o fechamento das agências.

Uma das maiores concentrações de grevistas é na sede da superintendência do Banco do Brasil, na Rua do Livramento, no centro de Maceió.

De acordo com o representante da Diretoria Executiva, Carlos Alberto Oliveira, são 2.600 bancários no estado, sendo metade na capital. A expectativa é que todos entrem na paralisação.

“No final do dia, a direção do Sindicato se reúne para avaliar o primeiro dia de greve e contabilizar a adesão do interior. Já apresentamos as nossas reivindicações e a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] respondeu, mas em assembleia a categoria rejeitou. O próximo passo é aguardar uma nova proposta”, explicou Oliveira.

Maria José de Lima, aposentada, foi ao banco logo no início desta terça, e não conseguiu ser atendida. Ela contou que tinha um cartão para pegar no banco e, agora, não sabe como vai receber o benefício da Previdência no próximo mês.

Reivindicações

Os bancários cobram dos empregadores um reajuste salarial de 16%, piso de R$ 3.299,66, melhores condições de trabalho, fim das demissões, mais contratações, Plano de Cargos, Carreiras e Salários, auxílio-educação, prevenção contra assaltos e sequestros, entre outros.

A proposta dos bancos, que foi rejeitada, é de reajuste de 5,5%, piso portaria de R$ 1.321,26, piso escritório de R$ 1.895,25 e piso caixa/tesouraria de R$ 2.560,23, entre outros.