De verde e amarelo e vestindo uma camisa com a frase “Fora Dilma”, a ex-primeira dama do Brasil, Rosane Malta, aderiu ao protesto que aconteceu em Alagoas e em todo o País neste domingo (15). Em meio aos milhares que participaram do ato, na orla de Maceió, a ex-mulher do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB) conversou com o CadaMinuto.
Mais de 20 anos depois do processo que culminou com a renúncia de Collor da Presidência da República, em dezembro de 1992, ela relembrou o período e disse acreditar que, hoje, há muito mais elementos para um pedido de impeachment do que havia naquela época.
Sobre como se sentia estando “do outro lado” mais de duas décadas após descer a rampa do Palácio da Alvorada de mãos dadas com o então marido, Rosane frisou que o que aconteceu no passado não se compara à série de escândalos que hoje abalam o País.
“O que está acontecendo com o nosso Brasil é um absurdo. O escândalo da Petrobras é mais que uma prova que as coisas não podem ficar do jeito que estão”, afirmou. Ainda sobre a saída de Collor do Poder, ela disse que o ex-presidente foi tirado do cargo por um Fiat Elba e que, até hoje, nunca foi comprovado nada contra ele.
A ex-primeira dama revelou ter votado em Marina Silva no primeiro turno e em Aécio Neves no segundo e contou que nunca participou de nenhum ato político. “Fiquei emocionada quando o Hino do Brasil foi cantado durante essa caminhada, que não é simplesmente um protesto, é um basta em toda a crise que pela qual o Brasil está passando”, destacou.
Rosane lamentou ainda que os três senadores alagoanos, Collor, Benedito de Lira (PP) e Renan Calheiros (PMDB), figurem na lista a lista dos políticos que serão investigados na operação Lava Jato, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e votlou a voltou a criticar o governo Dilma: “Nós temos que plantar coisas boas para colher bons frutos, mas no atual governo isto não está acontecendo”.
Antes de encerrar a entrevista, a ex-primeira-dama também criticou aqueles que participaram do ato pedindo a intervenção militar no País. “É um retrocesso. Essa prática não pode existir nos dias de hoje”.