Forma improvisada no armazenamento de água tem provocado a proliferação.
Por Cada Minuto | 14 de dezembro de 2015 às 23:13
O armazenamento de água de forma improvisada para suavizar os efeitos da seca tem possibilitado a proliferação do mosquito Aedes aegypti, em cidades do sertão alagoano, considerada a região mais crítica do número de casos de microcefalia. Durante o encontro com prefeitos e o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), a secretária de Saúde, Rosângela Wyszomirska, chamou a atenção para algumas medidas.
Nos últimos dados divulgados, Alagoas já notificou 102 casos de microcefalia, sendo que a maioria se concentra no sertão. Apesar do alto número, a secretária esclareceu que o número não tem crescido muito, em relação às notificações tidas no estado de Pernambuco.
Rosângela afirmou que os gestores alagoanos necessitam adotar uma medida para o armazenamento adequado da água, tendo em vista que muitas cidades não dispõem de reservatórios. Esses recipientes poderiam guardar o líquido de forma com que não houvesse a reprodução do mosquito.
O encontro com os prefeitos permite, segundo ela, que ações de combate ocorram de forma articulada, após o governo do estado ter decretado situação de emergência. O decreto dará mais agilidade na execução de ações e medidas emergenciais para o tratamento dos casos e de prevenção.
O presidente da AMA, Marcelo Beltrão enfatizou na conscientização da população sobre armazenamento da água e a necessidade do aumento de agentes de endemias. Segundo ele, a pouca quantidade de agentes trabalhando na visitação das residências torna prejudicial todo o trabalho. Ele alertou os prefeitos sobre a necessidade do combate adequado.
Alguns prefeitos, presentes na reunião, questionaram sobre o retorno dos carros fumacê nas cidades como uma alternativa de combate ao mosquito, no entanto foram informados pela secretária de que esse tipo de controle somente tem eficácia quando o mosquito está em fase adulta.
A secretária comentou as informações contidas que circulam pelas redes sociais, através do whatsapp. Segundo ela, não existe nenhum relação entre os casos de microcefalia e a aplicação de uma vacina. “É preciso que as pessoas tenham cuidado com as informações que são divulgadas para não causar alarde”, enfatizou.