Sesau diz que auditoria revê processos e contratos com fornecedores. Não há prazo para que a situação financeira seja resolvida.
Por Derek Gustavo | 15 de maio de 2015 às 1:48
A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) tem uma dívida de R$ 118 milhões. De acordo com a secretária Rosângela Wyszomirska, uma auditoria interna está revendo processos e contratos com fornecedores, e não há prazo para que a situação financeira seja resolvida.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14) durante entrevista coletiva na sede do órgão, no bairro de Jaraguá, onde momentos antes empresários haviam realizado um protesto para pedir o pagamento de R$ 36 milhões, que estariam atrasados desde o ano passado.
“Nossa situação financeira atual é difícil de lidar. Em janeiro deste ano, tínhamos quase R$ 156 milhões em despesas, algumas delas atrasadas do ano anterior. Conseguimos pagar até agora R$ 37 milhões. O restante nós iremos pagando no decorrer do ano, de forma parcelada. Esperamos concluir os pagamentos ainda em 2015”, afirma a secretária.
Durante o protesto, fornecedores disseram que não estavam recebendo repasse desta gestão e nem da anterior, mas a secretária negou a informação. “Se alguns deles não estão recebendo neste ano, é por conta de questões processuais com relação aos contratos. Na semana que vem, chamaremos um por um para conversar e apresentar os dados que auditamos a respeito de nosso compromisso com eles”, explica a titular da Sesau.
A maior parte das dívidas da Sesau está ligada a contratos com fornecedores. Contudo, a secretaria também deve mais de R$ 16 milhões à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), que efetuou pagamentos de salários que estavam atrasados no fim do ano passado.
Medicamentos
A secretária reconheceu os problemas com distribuição de medicamentos, como a insulina, destinada a diabéticos, que estão em falta no estado.
“Estamos com um processo de compra emergencial desses medicamentos. O processo está na Agência de Modernização da Gestão de Processos [Amgesp] e, na semana que vem, esperamos estar finalizando os contratos para que o fornecimento seja regularizado”, afirmou.
Com relação aos medicamentos para o tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Rosângela garantiu que a distribuição deles aos pacientes também está sendo resolvida junto à Justiça, e que nas próximas semanas será normalizada.