Filho de desembargador é suspeito de articular volta de Celso Luiz a prefeitura de Canapi

Fontes ligadas ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) denunciaram ao portal Radar 89, que o articulador seria o filho do desembargador Tutmés Airan.

Por Redação | 24 de outubro de 2016 às 14:19

93211787-85a0-455e-a088-cdc28dd524cd_ca-gFontes ligadas ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) denunciaram nesta segunda-feira (24), ao portal Radar 89, que o filho do desembargador Tutmés Airan que compõe o escritório de advocacia que presta serviços ao prefeito afastado Celso Luiz (PMDB), estaria articulando a volta do político a Prefeitura de Canapi. O suposto acordo envolvia uma recompensa.

 

Celso estaria interessado em voltar ao município, após perder as prefeituras que compõe o ‘Triangulo das Bermudas’ (Canapi, Inhapi e Mata Grande), com o objetivo de quitar os débitos de campanha dessas três cidades.

 

Segundo a fonte que preferiu não se identificar, o advogado já teria se articulado com o pai para decidir a volta do político. Uma vez que o processo está na mesa do desembargador. O que seria uma manobra e desrespeito a decisão do magistrado João Dirceu, demonstrando um flagrante de desprestígio ao judiciário de Alagoas.

 

“Foi um caso de roubo descarado, por mãos grandes, na cara dura. A Justiça Federal determinou o pagamento de R$ 18 milhões em precatórios que foram depositados em 2015 e deveria servir ao desenvolvimento da Educação, reformas de escolas, capacitação de professores, compra de equipamentos. Este dinheiro, por sua vez, foi transferido das contas da prefeitura para pessoas ligadas a gestores municipais sem qualquer preocupação de se forjar uma licitação, um contrato. O dinheiro, sacado em espécie, tinha sido depositado nas contas do secretário de Finanças e assuntos estratégicos”, disse o superintendente da PF em Alagoas, Bernardo Gonçalves.

 

Nossa reportagem tentou um contato com os envolvidos na matéria, mas não obteve êxito.

 

Procurado pela reportagem, o prefeito ‘Vieira do Povão’ preferiu não falar sobre o caso, mas informou que o seu jurídico já tomou todas as providências, inclusive se houver necessidade o fato será denunciado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

 

Vale lembrar que as vezes que o Celso Luiz voltou ao cargo foram em razão de decisões proferidas pelo desembargador Tutmés, o que levanta mais ainda a suspeita.

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