A violência sistemática contra mulheres fez mais uma vítima em Delmiro Gouveia. Uma jovem de 18 anos foi agredida fisicamente na noite do último domingo, 3, no bairro Campo Grande, enquanto entregava o filho de apenas oito meses ao ex-companheiro. O agressor, segundo a vítima, usou um capacete para atacá-la e fugiu com a criança logo em seguida.

O caso ocorreu por volta das 22h50, na Rua Tavares Bastos, nas proximidades da Rua de Tonho Veículos. De acordo com a Polícia Militar, a vítima conseguiu acionar uma equipe do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) que fazia patrulhamento na região central da cidade.

Em relato aos policiais, a jovem contou que havia combinado com o ex-companheiro de entregar o filho em frente à casa de uma amiga. No entanto, durante o encontro, ele a agrediu com violência e fugiu em uma motocicleta modelo Factor, de cor azul, vestindo camisa branca, levando a criança consigo.

Buscas foram realizadas nas imediações, mas o agressor não foi localizado. Para garantir a segurança física e emocional da vítima, os militares a conduziram até a casa da mãe, onde ela ficou sob os cuidados da família. A mulher foi orientada a registrar o boletim de ocorrência no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) do município, para que o caso seja tratado conforme prevê a Lei Maria da Penha.

O paradeiro do suspeito e o estado da criança ainda não foram divulgados pelas autoridades. A Polícia Civil investiga o caso.

Mais do que um episódio isolado, a agressão reflete uma realidade cotidiana enfrentada por milhares de mulheres em Alagoas e em todo o país. A violência doméstica, muitas vezes ignorada ou silenciada, segue firme nas estatísticas e, pior, nas rotinas. É inaceitável que, em pleno século 21, mulheres ainda sejam atacadas em situações tão vulneráveis, neste caso, no momento em que cumpria um dever de mãe.

A impunidade e a negligência social alimentam o ciclo da violência. Casos como este precisam de resposta rápida e firme do sistema de justiça. Agressores devem ser responsabilizados e sentir, de fato, o peso da lei.

Denuncie. Se você está em situação de violência, procure ajuda. Ligue para o 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou acione a Polícia Militar pelo 190. A denúncia pode salvar vidas, inclusive a sua.