A tentativa de “salvar” o carnaval delmirense não adiantou. Mesmo com todo esforço dos promotores de evento da cidade, liderados por John Carlos, a prefeitura anunciou, através do secretário de governo, Jamil Cordeiro, que depois de mais algumas reuniões, as propostas com preços reduzidos para a realização do carnaval na cidade foram consideradas inviáveis.

Na última sexta-feira, 23, o promotor de eventos, John Carlos, deu entrevista ao programa Radar 89 e tornou público que construiu, em conjunto com músicos locais e representantes de blocos alternativos, duas propostas para realização dos festejos carnavalescos. A primeira, no valor de R$ 68.200,00 englobaria toda uma estrutura de palco, banheiros químicos, gerador, sonorização, atrações da cidade e incentivo aos blocos dos bairros e povoados. Uma segunda proposta chegava ao valor de aproximadamente R$ 46.000,00 e diferente da primeira, não contaria com estrutura de palco, priorizando os blocos alternativos, onde as atrações seriam discriminadas para cada bloco dos bairros e povoados.

O presidente da câmara de vereadores de Delmiro Gouveia, Valdo Sandes (PMN), declarou que “não entende o porquê da prefeitura não realizar o carnaval” e afirmou que “se estivesse no comando do executivo, a festa não deixaria de ser feita”. Essa declaração do vereador, acirrou os ânimos entre os poderes legislativo e executivo, e em resposta, o secretário Jamil, satirizou e deixou subtendido que o edil teria se colocado assim por cogitar uma possível candidatura na próxima eleição municipal.

Na cidade já percebe-se um sentimento de tristeza entre a população, visto que a festa tradicional do mês de fevereiro movimenta todo o município, em diversas áreas, especialmente o comércio e o turismo. Em contraponto, também surgem timidamente mobilizações nas redes sociais, no sentido de fortalecer os blocos tradicionais e alternativos da cidade e também dos povoados.