Justiça mantém prisão de feirante que matou cadela esfaqueada em Delmiro Gouveia, AL

Por Redação | 25 de agosto de 2021 às 19:00

Foto: Italo Timóteo

Uma audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (25) manteve a prisão do feirante Efigênio Santos Silva, suspeito de matar esfaqueada uma cadela no mercado público de Delmiro Gouveia, Sertão de Alagoas.

Ele foi preso pela Polícia Militar na segunda (24). Nesta manhã, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva após pedido do Ministério Público do Estado (MP-AL), que aguarda a conclusão do inquérito da Polícia Civil para denunciar Silva à Justiça. O caso é investigado pela Delegacia de Crimes Ambientais.

“Atos como esse não ficarão impunes. Ele será responsabilizado pelo que prescreve o Artigo 32 da Lei de Crime Ambiental, com pena de até cinco anos de reclusão com acréscimo de um terço da pena quando há morte do ser vivo. Nós iremos acompanhar de perto para que esse ato bárbaro não fique impune”, disse o delegado Leonam Pinheiro.

De acordo com o promotor Guilherme Diamantaras, que atua na área de meio ambiente, após a conclusão do inquérito será ajuizada ação penal por maus-tratos com resultado morte. A cadela foi morta por comer um pedaço de carne que estava exposta na barraca de Silva. Enfurecido, ele perseguiu o animal e o matou com vários golpes de facão.

Em entrevista à Rádio Correio FM, o marchante disse que foi um acidente. “Foi um acidente, peço desculpas a todos os ouvintes. Eu não atirei faca no animal, eu sou consciente, eu tenho muito respeito pela vida. Quero que provem que foi eu que matei. Foi um acidente”, disse.

O homem ainda afirmou que não esperava que o caso tivesse tanta repercussão. “Eu crio meus cachorros, eu tenho amor pelos meus animais. Estão me acusando injustamente, sou inocente, sou um pai de família”, afirmou o marchante, que finalizou a entrevista cobrando à prefeitura uma solução para os animais nas ruas. “Prefeitura crie um órgão para proteger os animais, para não acontecer algo assim com outro coitado como eu”, concluiu.

Com informações do G1 Alagoas e Correio Notícia

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