Por Redação com Ascom Ufal | 2 de março de 2021 às 15:00
A transmissão do novo coronavírus em Alagoas continua fora de controle, apesar da redução na incidência de casos e na estabilização do número de óbitos. Essa é a conclusão do novo relatório do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 da Ufal, divulgado nesta segunda-feira (1º).
Os pesquisadores do observatório apontam ainda que o número de casos suspeitos, a proporção de testes com resultados positivos e a ocupação das UTIs continuam aumentando. Isso, diz o relatório, mostra um cenário de crescimento da pandemia no estado.
O comportamento da pandemia em Maceió e no interior também chama a atenção.
Na 8ª Semana Epidemiológica, foram registrados 3.223 casos e 66 óbitos. Esses números representam reduções de 24% e 1% na comparação com a semana anterior.
A capital não concentra mais a maioria dos casos. Essa mudança já havia sido percebida com relação aos óbitos. Isso quer dizer, segundo os pesquisadores, que a Covid-19 está avançando em direção ao interior do estado, fenômeno parecido ao que ocorreu durante a primeira onda da doença em Alagoas, em maio do ano passado.
O relatório conclui que há um descontrole da doença em Alagoas. A situação pode piorar por conta dos possíveis impactos das aglomerações do carnaval.
“É urgente que a população acompanhe os esforços que o poder público tem feito para aumentar a oferta de atendimento, adotando com rigor medidas como uso da máscara, higienização das mãos e distanciamento social”, aconselham os pesquisadores.
O relatório ainda faz uma observação mais dura com relação ao que deve ser feito caso as medidas não sejam suficientes para conter o avanço da doença.
“Caso essas medidas continuem não sendo suficientes para conter o avanço da pandemia no estado, medidas mais restritivas deverão ser adotadas afim de evitar o colapso do sistema de saúde alagoano, situação registrada nos últimos dias em diversas regiões brasileiras”, afirma o texto.
Testagem
O estudo aponta também que ainda há deficiência nos testes para detectar a doença, o que prejudica o planejamento de estratégicas de controle.
Ocupação dos leitos
Até 28 de fevereiro, a ocupação das UTIs no estado estava em 72%, acima dos 70% considerados como margem de segurança.
“A demanda por esses leitos vem crescendo nas últimas semanas”, diz o relatório.