Segundo deputado cassado este ano, Madeira permanece no cargo e recorre ao TSE
Por Cada Minuto | 21 de outubro de 2016 às 0:43
Com um placar de seis a um, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL) cassou, na tarde desta quinta-feira, 20, o mandato do deputado estadual Marquinhos Madeira (PMDB) por compra de votos. O relator do processo, desembargador José Carlos Malta Marques, votou pela cassação do mandato.
Apesar da decisão, assim como aconteceu com o deputado Pastor João Luiz (PSC), que teve o mandato cassado em julho deste ano pela Justiça Eleitoral alagoana, Madeira continua no cargo na Assembleia Legislativa (ALE) enquanto recorre ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A Ação de Impugnação de Mandato Eleitoral (AIME) contra Madeira foi movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Na peça, o deputado é acusado de abuso de poder econômico por compra de votos nas eleições de 2014, em União dos Palmares.
Ainda segundo a denúncia, eleitores do município teriam dito, em programas de rádio locais, que não haviam recebido o pagamento prometido em troca dos votos.
O julgamento foi iniciado em agosto passado, mas adiado devido ao pedido de vistas do desembargador Alberto Maya, único a votar contrário a cassação na sessão de hoje.
Caso o TSE mantenha a decisão do TRE/AL, quem assume a cadeira na Casa de Tavares Bastos é o primeiro suplente, o ex-deputado estadual Judson Cabral, do PT, partido pelo qual Madeira foi eleito em 2014. Judson ocupa hoje a presidência da empresa Serviços de Engenheira de Alagoas (Serveal).